42. A VISÃO DE NAZARÉ

(descrito por um nazareano antigo quando volta à sua cidade natal)

Ao chegarmos  em  Nazaré Paulista pela Rodovia D. Pedro I, quer  seja vindo de Atibaia ou de Jacareí, ou então vindo de São Paulo, via Guarulhos, pela Rodovia Juvenal Ponciano de Camargo, ou ainda vindo de Bom Jesus dos Perdões, via Bairro do Mascate pela Avenida Mathias Lopes,  de longe nós te  contemplamos!

     E o que deparamos em ti, Nazaré?  Uma  cidade  pequena, sem altos prédios, no alto de uma montanha, com as ruas e casas descendo pelas tuas encostas,  como  se fossem a calda de açúcar ou a clara do ovo a escorrer pelo doce.

     E é com esta visão que nos compenetramos e lembramos que foi em uma outra cidade que tem o teu mesmo nome, em uma outra Nazaré, e há dois mil anos, que se anunciou a aurora da salvação cristã e a vinda do Salvador.

E é também vendo esta nossa Nazaré em cima de um monte, que nós relembramos  várias passagens bíblicas, nas quais, quase sempre do alto de montes, Ele apareceu,   se fez presente e falou:

        – Assim ocorreu no Monte Sinai onde Moisés recebeu as tábuas da lei com   os sagrados mandamentos;

       – Foi no Monte Moriá que Ele impediu que Abraão sacrificasse seu filho Isaac,

       – Foi  no monte chamado Thabor que se deu a multiplicação dos pães e peixes;

        -Foi em um monte no Jardim das Oliveiras, que Ele   proclamou o Sermão da Montanha com as bem-aventuranças , e,

        – Foi no Gólgota, no Monte  Calvário, que Ele  morreu para nos salvar.

     E do teu alto, Nazaré, ainda contemplamos uma paisagem maravilhosa:

     Vemos as águas represadas do Rio Atibainha; é a Represa  Atibainha, integrante do Sistema Cantareira que sacia a sede de milhões de irmãos paulistanos.  E novamente fazemos analogia com outras passagens bíblicas em que o Senhor fez uso das águas:

           – a travessia do Rio Nilo, quando da saída do Egito;

           – o Seu batizado,  nas águas do Rio Jordão:

           – a pescaria com os apóstolos quando Ele andou sobre as águas.

     “É por  todas estas semelhanças e lembranças que tu, Nazaré, és uma terra escolhida, premiada, bendita  e  abençoada!”

    “Nazareanos! Façamos da nossa Nazaré, como foi aquela outra, um berço  de fraternidade cristã!”

OTPC – 2013